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Ilustres que dão nomes às vias de Extrema

Ilustres que dão nomes às ruas de Extrema

Conheça as histórias por trás dos nomes das principais vias do município

 

Extrema possui diversas peculiaridades e fatos marcantes em sua história. Uma de suas particularidades tem relação com as pessoas ilustres que fizeram parte da cidade e dão nomes às ruas e vias do município. Acompanhe as principais:

Capitão Germano

Capitão Germano Cardoso Pinto

Germano Cardoso Pinto dá nome à Rua Capitão Germano, que desce da praça e vai sentido aos Saltos. Nascido no dia 20 de janeiro de 1822, em Bragança Paulista (SP), o homenageado tinha origem portuguesa, a família veio da Europa e adquiriu uma imensa fazenda onde hoje é o município de Pedra Bela (SP).

O jovem Germano chegou a Extrema por causa de um grande amor. A extremense Gertrudes Alves Gomes de Oliveira. Casou-se com ela em 7 de agosto de 1851. O local escolhido para o casal viver ganhou fama na cidade, era chamado de Casa Grande. Tiveram 11 filhos. Dois deles, Antônio Cardoso Pinto e Simeão Stylita Cardoso, foram grandes líderes políticos na cidade. Antônio chegou à presidência da Câmara Municipal em 1886 e Simeão foi eleito deputado estadual por três vezes.

Germano era um homem rico. Produtor rural, suas terras abrangiam a Rua Capitão Germano até a Avenida Nicolau Cesarino e se prolongavam pela Serra do Lopo acima. Nessas terras, eram plantados milho, café e algodão, além de serem criados gados suínos.

Se transformou em homem forte na política local. Fez parte da Câmara de Vereadores de 1861 a 1873. Foi juiz de paz e pertenceu à Guarda Nacional, com a patente de capitão. Já sua esposa Gertrudes era parente direta de José Alves, fundador de Extrema.

Germano ganhou fama pelo trabalho dedicado a alforria dos escravos que trabalhavam nas fazendas instaladas em Extrema e região. Ele enviava seu filho Simeão para buscar famílias de imigrantes italianos que chegavam para trabalhar no Brasil. Logo outros italianos começaram a vir para a cidade, os de sobrenome Lupetti, Bertolotti, Olivotti, Mori, Basaglia, Flosi e Onisto.

Capitão Germano morreu em 30 de abril de 1896, aos 74 anos.

Coronel Simeão

Coronel Simeão

 

Simeão Stylita Cardoso, filho do Capitão Germano, deixou Extrema cedo para estudar fora, em Belo Horizonte (MG). Formou-se em Direito e foi promotor da Justiça em Camanducaia (MG).  De volta a Extrema, Simeão mergulhou de cabeça na política local. Seu nome está na Praça Coronel Simeão, no coração da cidade, ao lado da Praça Presidente Vargas e onde fica a Escola Estadual Odete Valadares.

Era um homem casado, amante das artes, da música, mas sua grande paixão era o cultivo da terra, especialmente de uvas. Tanto que na área onde morava, perto da Serra do Lopo, montou uma enorme plantação destinada ao consumo e à fabricação de vinho e grapa.

Em 1915, Simeão ainda era uma das maiores lideranças políticas da cidade. Já deputado estadual (cargo que ocupou por três vezes), foi Simeão Stylita Cardoso quem propôs a mudança do nome da cidade de Santa Rita de Extrema para simplesmente Extrema, o que foi oficializado pela Lei Estadual nº. 663, de 18 de setembro daquele ano.

Coronel Simeão morreu em 26 de março de 1919, aos 64 anos, vítima de cirrose hepática.

Alexandre Bertolotti

Família Alexandre Bertolotti
Alexandre Bertolotti (à direita)

Logo que assumiu a cidade, Coronel Simeão adotou a estratégia de distribuir patentes para as pessoas que ficariam responsáveis pela supervisão de tudo que acontecesse pelos bairros mais distantes. Um deles foi o imigrante italiano Ercoli Alexandro Bertolotti, que teve seu nome eternizado na Rua Alexandre Bertolotti, que tem início na Praça Coronel Simeão, ao lado da Escola Estadual Odete Valadares.

Alexandre, como passou a ser chamado, morava em Extrema há 11 quando foi nomeado. Diferente de seus conterrâneos, que saíam pobres da Itália, viajou com recursos próprios trazendo na bagagem dinheiro suficiente para investir em negócios na cidade.

Decidiu trocar a Itália por Extrema porque seu primo, Adolfo Bertolotti, já estava no país. Assim que seus filhos nasceram, Alexandre decidiu reformar um velho hotel, que batizou com o nome “Hotel Mineiro”. Era o primeiro da cidade, bem na esquina das ruas Nenê e Governador Valadares.

Com o negócio prosperando rapidamente, no começo do século 20, Alexandre comprou um casarão (bem ao lado da Igreja Matriz), onde vendia azeitonas, vinhos importados, azeites, enxovais, entre outros produtos.

Ele integrou o primeiro grupo de vereadores de Extrema, em 1919, com 31 votos. Alexandre Bertolotti foi ainda delegado de polícia durante 17 anos. Morreu com 96 anos.

Antônio Onisto

Antônio Onisto

Já a Rua Antônio Onisto traz o nome de um homem que trabalhou na roça carpindo café, bateu tijolo, acordava às 4h da manhã e se dedicou à educação de 12 filhos que teve com sua esposa Lina. Foi vereador e presidente da Câmara Municipal de Extrema. Ele costumava ajudar a abrir estradas com o povo, em mutirão. Em um momento conturbado da política local, Antônio chegou a assumir o posto de prefeito do município.

João Mendes

Rua João Mendes em Extrema MG década de 1990
Rua João Mendes, em Extrema (MG), na década de 1990

A Rua João Mendes é uma das mais importantes vias de Extrema. Trata-se de uma artéria vital para o fluxo de veículos na zona urbana. O homem homenageado com seu nome em umas das principais ruas da cidade era casado com Martimiana Cardoso Pinto, da família dos coronéis Cardoso Pinto, e teve os filhos Benedito Mendes, Antônio e Fausta, que se casou com Tomaz Lupetti. João Lupetti, um dos descendentes do casal, foi prefeito de Extrema.

João Mendes era um homem rico, tinha uma grande extensão de terra na região onde hoje fica a Praça Itália, a rodoviária e o poliesportivo, local onde mantinha o Alambique de Cachaça Santa Fausta, nome dado em homenagem a sua filha Fausta.

 

Fotos: Prefeitura de Extrema/Acervo Digital Regional
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